sábado, 3 de agosto de 2013

Conar e Coca-cola: Propaganda enganosa é crime!



Abaixo-assinado por
Frente pela Regulação da Publicidade de Alimentos


Pedimos a remoção imediata da campanha publicitária "Energia Positiva" que está sendo veiculada pela Coca-Cola no Brasil em comerciais de televisão, cinema, outdoors, pontos de venda e plataforma online. Esta campanha foi proibida por órgãos do México e do Reino Unido por ser considerada enganosa e trazer riscos à saúde. A campanha transmite informações erradas aos consumidores, pois promove o consumo maior de calorias para ser gasto com diferentes atividades físicas, e ainda não deixa claro que esse produto contém sódio e outros aditivos químicos que podem acarretar em problemas de saúde. Este tipo de publicidade contribui para agravar a epidemia atual de sobrepeso e obesidade que a população brasileira está sofrendo.

A denúncia realizada tanto no México quanto no Reino Unido foi focada no risco para a saúde representado pela promoção de um maior consumo de calorias. O mesmo se aplica aqui, considerando que mais de 50% de todos os adultos no Brasil já está acima do peso ideal, pois consome uma quantidade excessiva de calorias e pratica pouca atividade física. Estudos científicos já comprovam que o consumo regular de bebidas açucaradas está associado com o maior risco de desenvolvimento de obesidade, síndrome metabólica e diabetes. A Coca-Cola tenta associar a imagem da sua marca a pessoas saudáveis e exercícios físicos, porém ela é responsável por introduzir no mercado produtos com altas taxas de açúcar, e de sódio, e pouco nutritivos, que contribuem para o aumento da obesidade, diabetes e outros problemas de saúde. Ou seja, muitas calorias vazias e nada de energia positiva!
Não podemos permitir que a Coca-cola continue veiculando um comercial com informações erradas sobre o consumo e o gasto de calorias, pois passa a ideia de que as calorias que a bebida oferece são “boas” e ainda não deixa claro como gastar essas calorias. Vamos pressioná-los a removerem a campanha "Energia Positiva", para que tenham assim mais responsabilidade com os consumidores sobre os riscos de saúde que seus produtos oferecem.

Participe desta mudança,assine e leia na íntegra a carta para o Conar, Coca-cola e Procon em :

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Açúcar morde!

* Refrigerante destrói os dentes, causa obesidade e diabetes tipo 2. Proteja suas crianças. Escolha água no lugar de bebidas açucaradas.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

ABRASCO emite nota sobre prêmio Pemberton da Coca Cola

A Nota foi aprovada pela presidência da ABRASCO e redigida pelo Comitê Executivo do GT Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva: expressa posicionamento acerca do significado do Prêmio. Mundialmente, 155 milhões de crianças têm excesso de peso ou obesidade infantil, segundo os estudos da Organização Mundial de Saúde. Destas crianças, mais de 90% consome fast food e bebe refrigerantes pelo menos 4 vezes por semana.

Para acessarem a nota Oficial,segue o link :

http://abrasco.org.br/ckfinder/userfiles/files/Manifestacao%20ABRASCO%20Premio%20Coca%20Cola_10Maio2013.pdf



Fonte:
www.abrasco.org

 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Você foi programado para gostar de 'infartitos'. E agora?

Por Leonardo Sakamoto

Vergonha alheia.

Um dos piores sentimentos do mundo. Aquela sensação de se contorcer todo para caber em uma xícara do café ou no copo de chope quando alguém da mesa diz algo esdrúxulo e vergonhático.

Uma das coisas que mais me dá vergonha alheia é quando escuto alguém usar o argumento “não gosta, é só não consumir”, como se nada nos guiasse para adquirir um produto. São tantos elementos que incidem na formação do desejo e na tomada de decisão que eu me pergunto se é possível afirmar, no final das contas, que temos livre-arbítrio.

Nossas ações são, em muito, determinadas pelo ambiente em que vivemos, as situações das quais compartilhamos, nossos amigos, parentes e colegas de trabalho e do tipo de propaganda que absorvemos diariamente. Por exemplo, as que dizem que esponjas amarelas e com gosto artificial de queijo são saborosas ou que tornam dois litros de caramelo preto com essências variadas um dos símbolos de nossa era e civilização.

Você acha que tem opção. Mas o que se convencionou chamar de liberdade para consumir é um processo com uma gama muito estreita de opções. A informação de que existe um mundo lá fora que vá além de esponjas de queijo e ácido carbônico preto é pouco difundida pelos veículos de comunicação. E, quando difundida, ela é inigualavelmente mais chata que os anúncios.

Isso sem falar que furar a “liberdade assistida” tem um custo alto, que a maioria dos brasileiros não pode pagar. Tanto o consumo saudável quanto o consumo consciente são atividades censitárias em uma cidade como São Paulo. Ou seja, é – em grande parte das vezes – para quem tem dinheiro para fazer uma escolha e pagar mais pelo melhor (se for sem agrotóxico e livre de transgênicos, então…) ou tempo para preparar algo não-industrializado. E, portanto, mais dinheiro disponível.

Uma reunião dos países-membros da Organização Mundial da Saúde, em Genebra, decidiu, esta semana, por adotar um plano para conter o aumento da obesidade no mundo. O que inclui a mudança de hábitos considerados prejudiciais e vinculados ao aparecimento de doenças cardiovasculares, câncer e diabetes: fumar, beber e comer alimentos ricos em substâncias que causa danos ao organismo. OK, reconheço, só aquilo que é considerado bom.

O plano da OMS inclui a necessidade de reduzir os níveis de sal, açúcar e gordura em alimentos industrializados, diminuir as porções servidas e, atenção, solicitar um controle maior por parte dos governos quanto à publicidade voltada a crianças.

Em 2010, a Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE apontou que 50,1% dos homens e 48% das mulheres estão com excesso de peso (na década de 70, o índice era de 18,5% e 28,7%, respectivamente). Enquanto isso, 12,5% dos homens e 16,9% das mulheres são obesos. Não estou discutindo critérios estéticos, mas sim uma questão de saúde pública. Sei do que estou falando, tenho pressão alta e níveis de colesterol e triglicérides mais altos do que meu médico gostaria.

Nossa qualidade de vida aumentou ao termos menos tempo para fazer nossas refeições e, consequentemente, optarmos por nos entupir de produtos menos saudáveis, mas mais rápidos? A entrada de classes mais pobres no consumo através de uma avalanche de carboidratos industrializados alardeados como status social na TV deve ser comemorada? O biscoito recheado é o novo Santo Graal do Brasil contemporâneo?

Afinal de contas, a nossa sociedade de consumo e sua máquina de empacotar soluções ineficazes para frustrações empurra de um lado para o tamanho XXXG. Simultaneamente, do outro lado, parte da mídia e da indústria da moda diz que só pode ser feliz quem cabe em um manequim 32. No máximo. E dá-lhe modelo desfilando com cara de quem comeu meia folha de alface e o bando de menininhas e menininhos suspirando para ter um corpo igual a esses palitinhos, que também não deveriam ser exemplos de saúde para nada. Esquizofrênica a situação? Imagina. Tudo faz sentido. Para o bolso de alguns.

Sei que a evolução programou meu cérebro por milhares de anos para gostar de gordura e me preparar para tempos de vacas magras. Mas, hoje, essa programação natural é reforçada por outra.

Apenas com muita dificuldade somos capazes de aprovar regras para anúncios publicitários de produtos gordurosos ou com muito açúcar ou sal. E olha que não estamos falando de proibição, mas sim de informação – coisa que deveria ser fornecida abertamente. Afinal de contas, o consumo em excesso de certos alimentos pode trazer riscos à saúde.

Regras assim não agradam as indústrias de refrigerantes, sucos concentrados, salgadinhos, biscoitos e de bebidas com muita cafeína. Lembremos que a exigência de rotulagem de produtos que contenham transgênicos e a obrigação de estampar que o tabagismo mata nos maços de cigarro também foram alvo de furiosas reclamações por parte de algumas empresas e associações.

Quando alguma limitação à publicidade de produtos é baixada, há sempre um grupo que brada ser esse ato um atentado à liberdade de expressão. Mas, ao usar essa justificativa, o que acaba defendendo é o direito de ficar em silêncio para não se expor diante da sociedade. O problema é que essa omissão de informações acaba sendo um atentado contra a liberdade de escolha. Não é possível decidir se não há informação suficiente. Vivemos um capitalismo de mentira no qual não querem nos dar todas as informações para tomarmos a melhor decisão.

Colocar isso em prática é difícil. Afinal de contas, uma campanha na TV para dizer “modere” a comidas (sic) como um salgadinho Infartitos é muito mais booooring do que uma peça publicitária usando o Ben 10 e a preguiça simpática do The Croods, piscando na tela tão rápido que, se não convencer a consumir, pode causar um ataque epilético à la Pikachu.

Em tempo: Fica a sugestão do documentário “Muito Além do Peso” sobre obesidade infantil.

Fonte: Blog do Sakamoto

terça-feira, 28 de maio de 2013

Blog brasileiro compara fotos de propaganda de alimentos com o produto real


Quando se olha uma foto trabalhada, editada e super produzida de algum alimento, seja na caixa do produto ou no cardápio do restaurante, o efeito imediato é: “Nossa, quero experimentar esse negócio agora!”. No entanto, assim como numa capa de revista em que modelos e atrizes ganham perfeição por conta da edição de imagens, no mundo dos alimentos, funciona da mesma maneira.

Pensando nisso, o site brasileiro chamado “Coma com os olhos – As mentiras que nos obrigam a engolir” resolveu mostrar a verdade por trás das fotos caprichadas e mostra imagens dos alimentos da maneira que realmente são. 

O site que existe desde setembro de 2008, foi inspirado em um blog alemão que fez um comparativo de 100 produtos entre suas embalagens e seus conteúdos reais. A versão brasileira, além de mostrar imagens comparativas, ainda tem uma completa resenha sobre cada produto.


Fonte: Vírgula UOL